quinta-feira, junho 29, 2006

Ponto final

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Ponto final. Ponto. Final. De fim. De patins. De corda aos sapatinhos. De adeus. Se calhar não diria "ponto", mas o resto também não posso escrever... é como digo: devia ficar com as palavras só para mim, mas não resisto. Arrisco sempre. Não fosse seguir o risco. À risca. Acho que vou mudar de linha.

E já agora, mudo também de vida. Assim como quem não quer a coisa. Ou quer. Isso agora...
Mudei. De linha. Há vários parágrafos ao longo dos dias. Este é um deles. Não vale a pena pensar. Não vale a pena sonhar com tempos gastos. Sobretudo, arranhados. Os sorrisos, esses ficam sempre, sempre. Para nos fazer voltar a atrás. Querer desfazer o texto. O parágrafo e o ponto final. Mas já está editado. Azar. Vais em frente? Se chegaste aqui, agora é só continuar a escrever. Mais linhas. Mais sorrisos. Outros abraços. Com vírgulas.

Pois é, por vezes é preciso colocar a pontuação nos nossos dias, não vá pormo-nos a gastá-los à toa. É que eles não voltam atrás. Não dá para "re-editar".

Ponto final. Ponto. Final. De fim. De sorriso novo. De cara lavada. Desfeita e refeita em novas esperanças. Desafios. Quantos mais melhor, para entreter os dedos. Por agora . . .

[Just like you said it would be...]

quarta-feira, junho 28, 2006

Many's the time I ran with you down
The rainy roads of your old town
Many the lives we lived in each day
And buried altogether
Don't laugh at me
Don't look away

You'll follow me back
With the sun in your eyes
And on your own Bedshaped
And legs of stone
You'll knock on my door
And up we'll go
In white light
I don't think so
But what do I know?
What do I know?
I know!

I know you think I'm holding you down
And I've fallen by the wayside now
And I don't understand the same things as you
But I do

Don't laugh at me
Don't look away

You'll follow me back
With the sun in your eyes
And on your own
Bedshaped And legs of stone
You'll knock on my door
And up we'll go
In white light
I don't think so
But what do I know?
What do I know?
I know!

And up we'll go
In white light
I don't think so
But what do I know?
What do I know?
I know!

Keane - Bedshaped

Um bom som para ouvir...

terça-feira, junho 27, 2006

Pela primeira vez em dois meses desejei não morar na capital... ainda dizem que a melhor invenção do homem não foi o metro...

segunda-feira, junho 19, 2006

...marcas...


Muitas marcas guardam o seu lugar em nós... Muitas mãos presas à pele... Muitos sorrisos agarrados à memória...

Seguimos marcados... pelas pessoas que passam por nós, pelos lugares onde passamos, pelos anos que passam, ou pelas coisas que, por algum motivo, nos ultrapassam.
Seguimos marcados... quando nos deixamos ficar para trás ou quando arriscámos ir à frente de nós. Quando queremos oferecer alguma marca. Quando queremos ser inesquecíveis ou quando os outros o são. Quando os outros passam por nós e já não ficam ou ficam e desejavamos que partissem. São coisas da vida que passa e nos marca, irremediavelmente.

Somos marcados por uns e outros, aqui e acolá, quando queremos e quando nem tão pouco esperamos. A cada dia, uma nova marca. Ora leve, ora profunda. Caminhamos pelas estradas 1001 vezes já pisadas, usadas e gastas. Sempre novas. Sempre há espreita.

Existem marcas que vêm para ficar e outras que se vão embora com o tempo. Há mais marcas do que aquelas que imaginamos. Se estivermos atentos. Não vale a distracção.
É bem pior quando somos apanhados desprevenidos no emaranhado de umas mãos doces. É bem pior quando nos deixamos levar por uma saudade fora de horas. É bem pior quando nos deixamos marcar sem resistir. É bem pior quando nos damos sem nos pedir de volta.

É urgente...


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.

É urgente o amor,
é urgente permanecer.

O grande poeta Eugénio de Andrade

sexta-feira, junho 16, 2006

E se fossemos voar?...

quarta-feira, junho 14, 2006

Eu fui devagarinho com medo de falhar
Nao fosse esse o caminho certo para te encontrar.
Fui descobrindo devagar cada sorriso teu...

Mafalda Veiga

terça-feira, junho 06, 2006

Se eu fosse.........

Se eu fosse um mês: Maio
Se eu fosse um dia da semana: Sábado
Se eu fosse uma hora do dia: 01:00
Se eu fosse um planeta ou astro: Lua
Se eu fosse um móvel: Sofá
Se eu fosse um líquido: Perfume
Se eu fosse um pecado: Gula
Se eu fosse uma pedra: Safira
Se eu fosse uma árvore: qualquer uma desde que tenha flores
Se eu fosse uma fruta: Morangos
Se eu fosse uma flor: Tulipa
Se eu fosse um clima: Quente
Se eu fosse um instrumento musical: Violino
Se eu fosse um elemento: O de alguém...
Se eu fosse uma cor: Branco
Se eu fosse um animal: Borboleta
Se eu fosse um som: Bater do coração...
Se eu fosse uma música: Lume - Mafalda Veiga
Se eu fosse um estilo musical: Vários: clássico, blues, latinada, rock...
Se eu fosse um sentimento: Amor
Se eu fosse um livro: Muito Meu Amor - Pedro Paixão
Se eu fosse uma comida: Doces! Bolo de bolacha...
Se eu fosse um lugar: Mar...
Se eu fosse um sabor: Chocolate
Se eu fosse um cheiro: Paixão
Se eu fosse uma palavra: Quero-te!
Se eu fosse um verbo: Abraçar
Se eu fosse um objecto: Velas
Se eu fosse uma parte do corpo: Lábios
Se eu fosse uma expressão facial: Sorriso
Se eu fosse um personagem de desenho animado: Alice no País das Maravilhas
Se eu fosse um filme: O Amor Acontece
Se eu fosse uma forma: Redonda
Se eu fosse um número: 2
Se eu fosse uma estação: qualquer uma desde que seja no paraíso!
Se eu fosse uma frase: "Voa coração. Ou então arde".

domingo, junho 04, 2006

Abraço


Aquele abraço...
quente... doce... forte... avassalador... meigo... intenso... arrepiante... como o fim do mundo... como o princípio e fim... como uma promessa... como uma despedida...
Aquele abraço...
que arrasa lágrimas... acende beijos... estende esperanças... rouba a eternidade... apaga a dor...
Aquele abraço... que não se esquece... mas que não se pode lembrar...
Aquele abraço... que se dá a quem merece e a quem não tem braços para nos abraçar...
Aquele abraço... de quem tem algo para oferecer... ou um pouco de nós para nos roubar...
Aquele abraço... que nos sustenta... ou nos deixa em desassossego...
Aquele abraço... que nos envolve como as ondas a abraçar a areia... ou que nos deixa naufragar...
Aquele abraço... que um dia me deste para depois levar contigo...
Aquele abraço...
Este abraço...
Que tenho aqui guardado para ti...

sexta-feira, junho 02, 2006

aos poucos deixas de fazer sentido. em mim. é mais do que certo. é cura. já não posso escrever as mãos. nem tão pouco o beijo. talvez escrever a saudade. devia ficar com as palavras só para mim. agarradas à pele, por dentro. para não fugirem. adiado o abraço. adiado o amor. coração embrulhado a lágrimas.

quinta-feira, junho 01, 2006

Noite dos fadinhos...

Ok. Não consigo resistir. Desculpa-me Luís mas não consigo deixar de publicar a tua fabulástica frase a propósito dos "quêfro"... Porque tocou-nos! Bem lá no fundo... do estômago! :p

"Prefiro pagar uma bifana a pagar uma flor!"

Sincero. E basta.