quinta-feira, maio 29, 2008

inevitável

o inevitável sempre acontece. ponto final.

terça-feira, maio 27, 2008

Carrego-me às costas, sem me poder livrar de mim. Aperto os sentidos para me afastar. Chove lá fora e cá dentro. Faz frio.

Entreguei-me ao tempo como exilada de mim própria.
Fico, irremedialvelmente, em mim.
Na vida que tenho e no que não tenho.
No que faço, no que não faço e no que quero fazer.
Por vezes escondo-me... porque é mais fácil.
Fico na vida. Por opção? Ou porque é mesmo assim?
Sei que vou chegar ao meu lugar, um dia.
Mas a alma fraqueja e o corpo fica quieto.

Sei que vou chegar ao meu lugar.
Pena que não seja hoje.
Não é hoje.
É certo.

quarta-feira, maio 21, 2008

12.

vens
caindo
pela dor
acomodando.

nuas palavras
à ferida de ter
perdido. a face é
pequena para sentir
o que em nós sobrevive
no instante em que a voz
desce as sombras desse dia

onde voltar já não se escreve
com medo das marés. podes agora
subir é como estar de novo na luz

José Luís Barreto Guimarães