Carrego-me às costas, sem me poder livrar de mim. Aperto os sentidos para me afastar. Chove lá fora e cá dentro. Faz frio.
Entreguei-me ao tempo como exilada de mim própria.
Fico, irremedialvelmente, em mim.
Na vida que tenho e no que não tenho.
No que faço, no que não faço e no que quero fazer.
Por vezes escondo-me... porque é mais fácil.
Fico na vida. Por opção? Ou porque é mesmo assim?
Sei que vou chegar ao meu lugar, um dia.
Mas a alma fraqueja e o corpo fica quieto.
Sei que vou chegar ao meu lugar.
Pena que não seja hoje.
Não é hoje.
É certo.
terça-feira, maio 27, 2008
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