Este ano, como sempre, arrastei alguns livros comigo para todo o lado que fui. Pedro Paixão está sempre comigo. Sabe bem abrir o livro numa página ao acaso e ler... despropositadamente... mas há sempre algo que mexe cá dentro. Cala a minha boca com a tua... um pedido... uma ordem... um adeus... Inês Pedrosa diz Fica comigo esta noite... e eu fiquei... enquanto pude...
Foram-me oferecidos por alguém muito especial... de quem a vida se encarregou de me afastar... onde estiveres a tua memória estará sempre presa a mim. Talvez saudades... Agora já não calas a minha boca nem eu fico contigo, mas guardo num lugar muito especial esses bocados de nós que se perderam algures no emaranhado das nossas vidas...
Fechado este parentesis, o assunto que me trouxe até aqui. Queria partilhar algumas das pelavras de Miguel Esteves Cardoso em Cemitério de Raparigas. Um livro duro, mas deslumbrante. Fala do universo das relações entre um homem e algumas mulheres. A paixão. O amor. A falta. Depois de o Amor é Fodido lido na melhor altura, isto é, a adolescência e de A vida Inteira relida há bem pouco tempo, este cemitério de raparigas possui uma escrita dura, mas ao mesmo tempo doce, fria e intensa. Sincera, sobretudo.
"Fosse a sorte estranha, ou menos minha, eu dava-me à tua vontade e correria atrás de ti, como se a velocidade me atrasasse a tristeza do ponto de poder deixá-la, nem por breves horas e bem-vindas, atrás de mim."
"A vida passou ao lado de mim, como um dia há-de passar a tua. Foge dela sempre que puderes. Mas não faças como eu. Não te canses de fugir. E nunca dês o coração a quem não o quer."
quinta-feira, agosto 25, 2005
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