domingo, outubro 23, 2005

Nós...


Atrevo-me a olhar-te. Por descuido. Deixo cair a sobra dos meus olhos nos teus. Por engano. Não és tu. Ainda não. Talvez.
Há tempos que são para se perder. Outros para se achar. Talvez já me tenha encontrado algumas vezes. Mais ainda foram aquelas em que me perdi. E soube tão bem. Esforço-me por esquecer esses caminhos, romper essas ondas, para poder atracar-me como uma naufraga, quem sabe um dia.
Cai-o em mim com uma lucidez surpreendente. Não me atrevo. Mas ouso atrever-me. Enfrento a minha estrada. Fito o meu destino. Espero vagarosamente... num sonho apressado. Sei que um dia atracarei em ti. E por descuido ou por engano, me deixarei amarrar.

9 comentários:

Anónimo disse...

E eu e tu somos iguais.


Saiu pela noite,
Pelas ruas do Porto,
Procurando os seus olhos
Num copo já morto.
Perdeu-se na vida
Encontrou-a na Foz,

Entre o Molhe e a Avenida
Há tanta gente a sós.
E eu e tu somos iguais.

Esconderam palavras
Por trás das palavras,
Disseram amor
Sem se perceberem.
Dançaram na estrada,
No asfalto dos loucos,
Entre o céu e o nada
Foram morrendo aos poucos.

E eu e tu somos iguais.

E pediram-se um beijo,
Uma mão que os agarre,
Parados no tempo,
Para que o tempo não pare.
E eu e tu somos iguais.

E quando perceberam

Que a noite era só deles,
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo,

Perdidos no chão.
Então os dois foram um,
E o tempo nenhum

Para o que tinham para se dar,

Põe o teu corpo no meu,
Deixa a noite acabar.
Então de um fez-se dois,
E o tempo depois
Foi tão pouco para viver,
Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer.


Eu e tu somos iguais...

Enrolou um cigarro
Que fumaram a dois,
Revivendo o prazer
Que viria depois.
Beberam olhares,
Lugares de veneno,
Nas paredes do quarto
O mundo é tão pequeno.

E eu e tu somos iguais.

Partiram no carro
A voar na cidade,
Encantados nas luzes,
Despistando a vontade.
Deram-se as mãos,
E os corpos também,
A 200 à hora
Não os vai vencer ninguém.

E eu e tu somos iguais.

E pararam o mundo
Numa rua qualquer,
Num abraço sereno
Sem ninguém perceber...
E eu e tu somos iguais.

E quando perceberam
Que a noite era só deles,
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo,
Perdidos no chão.

Então os dois foram um,
E o tempo nenhum
Para o que tinham para se dar,
Põe o teu corpo no meu,
Deixa a noite acabar.
Então de um fez-se dois,

E o tempo depois
Foi tão pouco para viver,

Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer.

Eu e tu somos iguais...








Sou eu! Aqui... Ali...
Perdido de ti.........

Elsa disse...

Uma letra linda demais...

Xuinha Foguetão disse...

Uauu! Letra mt bonita...

Quanto a ti, tudo sem pressas! ;)

E olha que essa letra deve querer dizer algo mais...

Beijocas.

Anónimo disse...

mas q coisa linda rapariga........
tens o dom da escrita....
lindo............
parabéns por este texto,beijocas princesa ;)

Å®t Øf £övë disse...

Elsa,
Gostava que passasses lá no "ATORDOADAS" para "comeres" uma fatia de bolo pelo 1º aniversário.
Bjs.

Ricardo disse...

it smells like love in the air :-)

Anónimo disse...

PARA TI:
As nuvens zangaram-se com o céu, gerou-se a tempestade, a chuva põe os campos mais verdes e limpa a alma, a mim sossega-me o coração, ajuda-me a pensar com clareza! Com a chuva vem os raios de sol de inverno que nos iluminam e fazem estar perto daqueles que mais gostamos! Beijinhos


... sp eu....

nana disse...

a pic está linda!
curiosamente parecido com o meu candeeiro!

nana disse...

obrigada por apareceres lá no estaminé!link e link cheguei e o candeeiro pareceu-me familiar!!
;)
aparece!